Ituiutaba, sábado, 23 de novembro de 2024

Teleaulas para rede estadual de ensino em Minas Gerais é impossível e governador parece que não conhece a realidade da educação do Estado que governa (desgovrna). Ituiutaba é uma cidade que não é atendida pela Rede Minas

Publicado por Vigilante do Povo em 24/04/2020 às 9:27

O governador Romeu Zema e sua corja de incompetentes não compreende nada de Educação pública. A cada vez que ele e a secretária de Educação, Julia Sant’anna, que não tem formação em Educação, só falam bobagem e estão muito incomodados com os professores em casa. Querem obrigá-los a retornar às atividades de qualquer jeito. Mas só demonstram total desconhecimento da realidade de alunos e professores mineiros. Uma vergonha atrás da outra.

Insistiram em teleaulas via internet, mas esqueceram que 700 mil alunos em Minas Gerais não possuem acesso à internet. Isso sem contabilizar os milhares de professores, que ganham mal e recebem quando dá bom tempo para o governo, também não possuem condições para isso. ou seja, internet para eles é luxo. Professor não tem nenhum luxo em Minas Gerais.

O triste é ver um cordão de puxa-sacos querendo mostrar serviços, perdendo excelente oportunidade de ficarem calados. Num momento em que a incerteza é a palavra que domina todos os setores das vidas dos brasileiros, ficam incentivando aulas pela Rede Minas, que chega a um terço dos muncípios mineiros. Ituiutaba é uma cidade que não possui acesso.

É preciso reconhecer que a Educação vem sendo sucateada há anos pelos governadores. E agora chega ao colapso, com escolas que apresentam um ambiente totalmente insalubre para o exercício do que um dia foi chamado de processo ensino-aprendizagem. Triste, muito triste o slêncio dos deputados estaduais e federais sobre a questão. Os investimentos a cada ano são menores. Uma vergonha um crime a olhos vistos, que ninguém faz nada.

Ontem, o governador  Romeu Zema (Novo) criticou a posição do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e afirmou que o Executivo já recorreu da decisão judicial que suspendeu o retorno dos servidores da educação às atividades.

Uma vergonha ouvir isso de um governador.

“Infelizmente, nós ainda não temos uma previsão (de retorno das aulas). Lembrando que aqueles que fazem uso de escolas particulares estão tendo aulas a distância. Mas, na educação pública, o sindicato conseguiu uma liminar que afasta todos os servidores, inclusive do teletrabalho, que é uma solicitação que eu julgo descabida”, afirmou o governador.

Através do comitê de enfrentamento à covid-19, transformaram a educação como serviço essencial.  Na balada de “vamos mataraos profissionais de educação e elaunos”,  Joana Sant’anna, a louca, sai com essa maravilha, transmitir aulas pela  Rede Minas , a partir de 11 de maio. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15). As transmissões fazem parte de um Plano de Estudos Tutorado apresentado pela chefe da pasta durante reunião com deputados estaduais, na Assembleia Legislativa. As videoaulas serão transmitidas também pelo canal do governo estadual no YouTube. O plano do estado, contudo, já foi impedido por uma liminar movida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que foi acatada pela Justiça, que deixou Zema, o tapado, nervoso.

Mas o desembargador responsável pela liminar concedida aos servidores, Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, alegou em sua justificativa, que a deliberação do estado, embora determine o teletrabalho aos profissionais que podem fazer uso de tal expediente, traz riscos à vida e à saúde, não apenas dos servidores, mas de toda a sociedade.

Quanto ao Sind-UTE, coordenadora-geral do sindicato, Denise Romano. “Nossa categoria está enfrentando há muito tempo um processo de perseguição. O governo do estado elegeu a educação como inimiga. Isso é muito ruim, porque nós prestamos o serviço e estamos no cotidiano das escolas”, afirmou.

O sindicato também tem dito que é contra a transmissão de aulas pela Rede Minas, pois o sinal da TV pública não chega a todos os municípios do estado. Tal condição limitaria o aprendizado de parte dos estudantes da rede estadual.