Ituiutaba, segunda-feira, 01 de julho de 2024

Muito abuso de preço e vem uma avalanche de aumentos abusivos. Procon mantém fiscalização de preços no comércio

Publicado por Vigilante do Povo em 28/08/2020 às 7:37

O Procon de Ituiutaba tem acompanhado de perto, a evolução dos preços praticados por pequenos, médios ou grandes estabelecimentos varejistas. O foco principal são os produtos que integram a cesta básica e, conforme reclamações recebidas de consumidores, encareceram muito desde o início da pandemia. No topo desta lista está o óleo de soja, que já superou o valor de R$ 5,00 nas gôndolas dos supermercados.
“O nosso trabalho leva em consideração, uma análise criteriosa da margem de lucro destes estabelecimentos, comparando o valor da Nota Fiscal de compra e o preço pago pelo consumidor final. O que observamos até agora é que não há indícios de sobrepreço. Houve sim, um aumento por parte da indústria ou distribuidores, que acabam refletindo nas prateleiras”, disse a diretora do Procon, Juliana Viegas.
Ainda em relação ao óleo, ela lembrou que a matéria-prima é a soja, uma das commodity mais importantes do mundo, cotada em dólar e com preços regidos pelo mercado. É previsível que haja uma variação de um ano para o outro, conforme a demanda ou queda de safra nos principais países produtores.
Ela lembrou ainda que não existe um tabelamento de preços no Brasil (o último aconteceu em 1992), o que impede aos órgãos de fiscalização, qualquer controle em relação ao preço praticado pelo comercio, exceto em caso de abuso. O que até o momento, não foi constatado.
“Nós entendemos perfeitamente o lado dos consumidores, pois nós também somos consumidores. Semanalmente fazemos compras nos supermercados e nos indignamos com as altas dos preços. Mas o momento pede calma e reflexão. Precisamos agir com cautela, para não culparmos o elo errado desta corrente que compõe toda a cadeia de produção e fornecimento de alimentos no Brasil”, disse.
Juliana Viegas finalizou, dizendo que o Procon de Ituiutaba conta com dois fiscais, dos quais um testou positivo para o Covid-19 e se encontra afastado das atividades e cumprindo a quarentena. Mesmo assim, o órgão segue à disposição da força tarefa que atua na fiscalização dos estabelecimentos comerciais frente às determinações do Plano Minas Consciente.