Ituiutaba, sábado, 23 de novembro de 2024
Publicado por Vigilante do Povo em 16/05/2020 às 12:05
Por Geiza Ardila
Ninguém nasceu ontem, como tenta fazer acreditar o pré-candidato a prefeito Juninho da Jr nessa história mais enrolada do que as próprias tentativas do vereador em tentar explicar, o que não tem explicação. Na disputa que ele compra com os vereadores Odeemes Braz e Renato Moura, faz esticar a corda entre o fato e o que ele acreditar ser verdade. Desde quarta-feira passada, o pré-candidato a prefeito tenta passar uma mensagem de “vítima de perseguição”, mas só prova que vem sendo “forçado” a se explicar depois de ser acusado de vários atos nada republicanos, para usar a palavra da moda.
Foto: Nas mãos do vereador e pré-candidato a prefeito Juninho da Jr o processo de improbidade administrativa que corre contra ele na justiça
Mas nada me chamou mais a tenção do que foi sua tentativa pobre de diminuir a importância de seu processo de improbidade administrativa, Lendo o material publicado até agora sobre o assunto, se apresenta diante dos eleitores se apresenta uma pessoa que realmente não sabe o que dizer quando é colocado contra a parede. Situações que exigem raciocínio rápido e posições contundentes, faz como critica, “não sabe usar a caneta e não sabe que existe a caneta”. Ele realmente tem uma dependência do ex-assessor Mário Paganini Júnior para retrucar, explicar ou comentar sobre qualquer assunto e , sim, é pautado sobre como se posicionar.
Juninho da Jr lê o texto e repente como um papagaio mal treinado. Na Câmara gagueja, não consegue usar os recursos da Língua Portuguesa, demonstra ser fraco na oratória e sua entonação fina, baixa e desafinada, aos moldes de Jeca Tatu (famoso personagem dos livros infantis de Monteiro Lobato), mas aqui, in causu, como foi apresentado pela primeira vez no início do século 20. Um incauto e preguiçoso até para falar. E também depois, iluminado pela Ciência de Oswaldo Cruz, um caipira consumido pelos vermes. De todo modo, é o que vem à cabeça quando o vejo teleguiado pelo seu melhor amigo e talvez seu algoz. Como assinalam até mesmo os mais próximos apoiadores.
A única coisa que precisamos abandonar nesses tempos é a ignorância e a hipocrisia. A vida do bastidor da política, sobretudo do Poder, é muito mais interesse do que o teatro do plenário e das transmissões ao vivo. E falo isso com a propriedade de quem viveu e ainda vive nesses corredores, de luz pouco intensa, reuniões realmente “nada republicanas”, acordos e verdades que não podem sair da caixa de Pandora. Esse lugar é campo fértil para Paganini, o mentor e mestre, do pré-candidato a prefeito Juninho da JR. Esse local por onde circulam todas as espécies que vivem da política é o paraíso para os que anseio mudar de vida por meio de arranjos e acordos.
E acordos, meus caros vigilantes, não faltam. No princípio, quando ainda fazia parte do governo que elegeu Fued Dib, Juninho da Jr tinha suas promessas e esperava ser acolhido pelo governo. Foi em partes. Seríamos tolos em acreditar que do nada ele resolveu defender o povo. Quando não foi atendido, assim como todos os outros, tornou-se oposição. E na oposição perde até o que tinha nas mãos. Esta é a regra, que vemos muito bem funcionamento por meio das ações do presidente Jair Bolsonaro, ao comprar o centrão do Congresso, inclusive com o regaste de uma das figuras mais espúrias do governo Temer: o ex-ministro Carlos Marun, do MDB, para nada fazer como conselheiro de Itaipu.
No caso de improbidade administrativa que envolve sua cunhada, Juninho da Jr é tosco na matéria do G1 do ano passado, afirmando que “cunhada não é parente”. Depois confunde o mais atento dos leitores, quer fazer acreditar que não sabia, mas contradiz que perguntou ao “jurídico da casa”, que não viu problema.
Sabia ou não sabia?
No caso do ônibus do inútil (na minha opinião) projeto vereador em ação, o enredo é bem diferente do que tenta e não explica. Passa um pano por cima, num vídeo onde se justifica do injustificável. O veículo foi adquirido por Paganini em negócio com a Paranaíba Transportes, por R$ 5 mil reais. O histórico de vendas do veículo mostra uma discrepância gigantesca entre os valores anteriores e a última venda. Ficou em nome de Paganini durante todo o projeto e foi na empresa deste onde o ônibus foi todo “envelopado”, com o no nome do projeto e um enorme retrato do vereador Juninho.
Ficava estacionado na porta da empresa. Quando se viu meio apertado com essa história, o ônibus foi transferido em agosto de 2019 para o nome do vereador Juninho. Ele não explica isso no vídeo. Passa rapidamente e mostra também rapidamente o documento, que já publicamos aqui.
Juninho da Jr agora que a alcunha de vítima e de perseguido. Não tem como. É o próprio contraditório em sua vida. Diz que está bem de situação financeira e não precisa de política para viver. Quer ajudar o povo, mas nunca apresentou um projeto para mudar a vida dos mais necessitadas. São palavras ao vento, acusações e reclamações. Oposição por oposição. Estou mais que acostumada com essas figuras. Quer ganhar e ter poder. Nada mais.
Vídeos nas redes sociais “meia-boca” com cara de derrotado e fingir que não queria acordos, que perdeu cargos por não ter tudo que pediu e fazer de vítima de perseguição por estar à frente de pesquisa de opinião, não são os melhores argumentos.
Só para lembrar, esse caminho que mostra tem muitas cursas e mentiras têm pernas curtas.
link da matéria sobre a improbidade administrativa
https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2019/06/14/vereador-de-ituiutaba-tem-15-dias-para-explicar-a-justica-nomeacao-da-cunhada-como-assessora-parlamentar.ghtml?fbclid=IwAR1YotCBftYpvh-uUFta–ZLhU4xvXTD1CCCSVkOQ-s87A4fEsUTO95WDNc