Ituiutaba, sábado, 23 de novembro de 2024

Governo de Minas gastará milhões em compra de dados de internet para colocar em prática o projeto de volta às aulas de forma remota ao contrário de colocar em dia salário de professores

Publicado por Vigilante do Povo em 13/05/2020 às 18:19

Essa é uma típica sala de aula da escola pública de Minas Gerais. Totalmente insalubre. Carteiras que mal cabem um livro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Geiza Ardila

 

A reportagem do Vigilante do Povo teve acesso na tarde hoje, 13 de maio, que o governo de Minas Gerais está comprando milhões em reais de pacotes de dados de internet, de todas as teles que atuam no Estado, para colocar em andamento o irresponsável projeto de retorno às aula das por meio remoto. Serão milhões de reais que poderiam ser utilizados no pagamento dos professores, que ainda não sabem o dia que vão receber seu salário e vivem nessa angústia há anos, piorando no governo do maluco Romeu Zema e sua secretária  de Educação,fascista Júlia Sant’Anna.

O processo licitação já está em andamento e o que espanta é que nada se falou sobre o assunto, colocando como prioridade apenas um plano de educação à distância sem eficácia e que apenas revelará o despreparo da equipe do governador Zema sobre o quesito educação.

Existem várias condicionantes para que haja funcionalidade do sistema apresentado, muito lindo no vídeo de Júlia, a louca. Com certeza que ninguém da sua equipe fez levantamento.

Primeiro, é que milhares de alunos não possuem celulares compatíveis com o aplicativo que disponibilizará chat, vídeos e material didático. Em Ituiutaba, por exemplo, dos pouco mais de 33 mil  domicílios existente, apenas 65% possuem internet fixa. O restante disso, 35%,  representa as pessoas mais pobres e que vivem em estado de vulnerável . Moram em bairros populares e em famílias muito pobres, onde o celular, geralmente, pertence ao adulto da casa (pai ou mãe).

Um dos problemas é que nem todos terão celulares compatíveis com a tecnologia ou não terão celulares

As variáveis só ampliam-se quando se coloca no papel a realidade, não levada em consideração pelos gestores.

Os celulares também não são os melhores do mundo e podem ser outro componente que trará dificuldade para acesso ao aplicativo, sobretudo, a vídeos.  Numa população de pouco mais de 100 mil habitantes, Ituiutaba possui aproximadamente 70 mil celulares habilitados e desses 70% são pré=pagos.

 

As várias opções apresentadas pela secretária de Educação não levaram em consideração a pobreza e o desemprego que assola  Minas Gerais e o País, nem as condições da maioria dos estudantes do ensino fundamental. Fora da realidade.

O material a ser pego nas escolas para os alunos que não conseguirão acesso à internet é outro questionamento que, qualquer pessoa minimamente envolvida em processo de ensino e aprendizagem, se perguntaria: quem acompanhará o aluno nas atividades em casa? Os pais estão sendo forçados a trabalhar e as crianças acabam sozinhas, ou com avós, tios ou madrinhas. Mães solteiras ou separadas, que hoje representam uma grande porcentagem da realidade da família brasileira, com mais de dois filhos, que vive da informalidade, não possuem condições para acompanhar os filhos.

Quem teve a experiência, e tem ainda, de trabalhar em escola pública em Minas Gerais, em Ituiutaba, há disparidades absurdas. a maioria dos alunos tem a escola como referência para alimentação e não educação.

É olhar o projeto de Júlia, a louca fascista, e perceber que ela vive num mundo paralelo.  Num dos discursos da maluca (nota: esta jornalista cansou de tratar com normalidade gente como essa secretária e o governador) , o aplicativo estará na play store primeiro para IOS, ou seja, Apple. Vou repetir, Apple! Hello, pára o mundo que eu quero descer, já!Além disso, a logística para mais de um milhão de novos usuários, professores, alunos e madrinhas, para tentar acompanhar a loucura governamental, vai transformar a rede de dados mais lenta e provocar dificuldades de acesso.

Isso é só algumas das variáveis que, com certeza, Júlia, a louca, não colocou na mesa de discussão.