Ituiutaba, sábado, 29 de junho de 2024

Ameaças, ofensas e defesas sem fundamentos não alteram fato de Juninho da Jr ser suspeito de receber dinheiro do narcotráfico para campanha eleitoral

Publicado por Vigilante do Povo em 14/10/2021 às 20:38

Baseada nas conversas captadas por escutas telefôfinas e dentro de veículo, a Polícia Federal afirma, em inquérito da recente deflagrada Operação Balada, que o ex-vereador e garageiro  Juninho da Jr recebeu dinheiro para a sua campanha a prefeito em 2020. Quando divulgadas as conversações, onde os traficantes que afirmam ter financiado o valor de R$ 250 mil da campanha, o Vigilante do Povo recebeu dos apoiadores de Jr uma série de ofensas e até ameaças.
O fato, no entanto, é que o jornalismo convive com essas situações, mas não pode esconder o fato. O motivo da relevância desse caso, quase (aparentemente) um detalhe dentro de toda a operação Balada, é que o crime organizado tinha planos ousados.
Se analisado por prismas de expansão, ao demonstrar toda a sua tristeza pela derrota de Juninho da Jr nas eleições, os traficantes apontados pela Polícia Federal como apoiadores do candidato (por “amizade e com dinheiro”) expõem que o objetivo era participar do que seria o futuro governo de Ituiutaba, a vitória de Jr.
Um salto de homens e mulheres que vivem do tráfico de drogas e armas para serem membros do poder público e partícipes das tomadas de decisões. Essas manobras das organizações criminosas são comum no mundo e não é nenhuma novidade. Mas, aqui chegou ao ponto alto, além da vontade. Dinheiro e presença na campanha eleitoral.
O Vigilante do Povo é alvo dessas ofensas dos apoiadores do garageiro Juninho da Jr. que ainda não absorveram a derrota. É nítido não está fácil até hoje até para Hildorval. Ele, Jr, organizou uma frente política de campanha grande e não rejeitou apoio. A vitória era uma certeza. Grandes expectativas. No entanto, não existem certezas em política. A vitória de Leandra Guedes, com Renato Moura e deputado federal André Janones, foi avassaladora. Deixou a todos mudos. Um silêncio onde os perdedores tentavam encontrar uma explicação para a quantidade de votos que ela levou.
Não tem explicação. Mas fica a lição que não basta apenas dinheiro.
Noticiar o envolvimento do garageiro com a organização criminosa é dever moral da imprensa. O povo tem e merece saber que está diante de uma pessoa, que aspira ser candidato novamente, e que alguns de seus aliados e supostos financiadores são criminosos perigosos.
Ficar tentando defender o ex-canditado é como diz o ditado: é dar murro em ponta de faca.
Há muito sobre esse inquérito e levará um bom tempo para ser concluído. Algumas pessoas presas já começam a ser liberadas. Mas já lançou luz em muita escuridão.


É desalentador para aqueles que gostam e votaram nele, muito mais para quem trabalhou na campanha e nem imaginava uma coisa dessas. E não é falando de um outro caso de crime, também em curso, como o do atual vereador Chiquinho, é que vai diminuir a gravidade do mais recente. O vereador Chiquinho enfrentou à época em que foi acusado toda a messe de investigado, mesmo assim foi eleito e até agora busca provar sua inocência.
Aliás, direito que cabe a ele e a todos que foram presos na Operação Balada: ampla defesa e contraditório. Não é a imprensa que os julgará. O fato é colocado e com substância, por meio de provas apresentadas no inquérito pela PF. Está lá.
Sem dúvida, é um golpe nos projetos de Juninho da Jr, mas somente ele poderá explicar os R$ 250 mil que supostamente tenha recebido e que não foram  declarados. Ele é quem deve explicações à sociedade que tenta representar como político.
Não dá inverter aqui o ônus da prova. Ou quem tem que se explicar . Não é a imprensa. Mas, somente ele: Juninho da Jr, gostem ou não dessa situação você que ainda o considera. Xingar jornalistas ou ameaçá-los e postar xigamentos apenas demonstra um falta total de argumentos para dizer: não, não é verdade.
Só que não.

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