Ituiutaba, sábado, 23 de novembro de 2024

Pré-campanha já dá tom político do dicurso das eleições 2024: baixaria, desespero, desinformação e investimento sórdido na escoalha que encanta com R$ 50

Publicado por Vigilante do Povo em 28/04/2024 às 8:52

 

E não precisa se vestirEu já vi tudo que eu tinha que ver aquiQue decepção, 1 a 0 pra minha intuição
Não sei se dou na cara dela ou bato em vocêMas eu não vim atrapalhar sua noite de prazerE pra ajudar pagar a dama que lhe satisfazToma aqui um 50 reais

 

 

Fui do riso às lágrimas, depois ao silêncio total acompanhando as redes sociais sobre política em Ituiutaba sábado, 27 de abril. Para aqueles que estão envolvidos no processo eleitoral, como pré-candidatos, apoiadores e parasitas que fazem qualquer coisa por R$ 50, o campo de discussão virou terra adubada pelas mentiras, analfabetismo (em todos os sentidos), tudo vale (lute com as armas que tem, se tiver que tacar pedra, vai pedra) e falsos intelectuais que chocam com o mal uso da palavra e  sentido da hermenêutica.

Por isso, hoje também vou abusar. Toda a hermenêutica da coldra pouco civilizada precisa de simples exegese, para contar para os demais fora dessa caixa cheia de gente desesperada por gorjetas. Agora, que abusei desse ínfimo léxico, vamos à baixaria.

O nível do debate política é tão deplorável e  chulo que não se recomenda em chamar debate.  É um desfile em praça pública de pobres, gente pobre financeiramente falando, orbitando quase em frenesi por um copo a mais de cerveja  ou para pegar uma grana nos memes (uns até bonitinhos), uma moto zero, uma grana para podcast, um naco de entorpecente e o financiamento da vida improdutiva. Sim, essa nata da coldra política, andava desfalcada. Porém, contudo, todavia, entretanto, Ituiutaba não ficou desabastecida de criadouros.

Há vários tipos. Aquele que é pobre mesmo e não gosta de trabalhar, aquele que quer um emprego público ou cargo se mudar o mando político na administração municipal (fica empoladinho), o que espera os contratos da prefeitura e adjacências, os criminosos de pequeno porte e os que fingem ser intelectuais, mas que estão todos na latrina do jogo. Gente que brilha os olhos para fazer parte da fidalguia política e social ilusória, deslumbrados com os que eram ninguém e hoje andam em carros importados e moram em casas que não tinham.

Rápida exposição desses degredados filhos de Eva, só que no Vale dos Nefilins.

Lá não escorrem lágrimas, mas calúnias, difamação, desinformação, inverdade, recontam a história de vida das pessoas, acrescentam, diminuem, esticam, encolhem e vai… Luta com as armas que tem. Faz parte do jogo. Reputações boas, ou em construção ou ruins não importa. A questão colocar o meme, o áudio e agora os vídeos. É buscar a confusão e gerar assunto que descambam para a baixaria. Só. Nada mais.

O baronato político está se deliciando com o desfile desses coitados. Tasca cerveja nos trouxas, paga uma graninha aqui e ali, e ri, como ri os fidalgos. Para eles é diversão barata pagar a coldra para os festivais que antecedem as eleições. Mas isso não é política. Mas é parte daquilo chamamos de política. Começou cedo. Os grupos de WhatsApp, fede. Vai melhorar? Não. Vai piorar. Ninguém vai escapar. Vai só aumentar a temperatura. E todos vão para o caldeirão. Se é verdade ou mentira, foda-se.

Por enquanto, o fogo amigo contra a prefeitura Leandra Guedes é intenso. Contra o deputado André Janones mais ainda. Eles são os alvos agora e talvez até o final da partida. Gente que já ou ainda por necessidade gira em torno do poder, também financiam esse hospício. Além de outros ataques. A mulher é líder nas pesquisas, é o que dizem (eu nunca vi nenhuma), e o deputado está empenhando muitos recursos na cidade (fato). Então, precisam desqualificar. Só que está baixo.

O baronato patriarcal se aproveita do desespero de alguns. Aqueles que querem ascender social e financeiramente por meio da prefeitura, ou que não podem perder o que acreditam possuir nela. Muito louco, mas é isso mesmo. Tem pré-candidatos em situações dificílimas, por vários motivos. Isso é um jogo complicado e perigoso. Fazia tempos que fraquezas tão agudas também não estavam à baila do processo.

A oposição, sedenta para reassumir, já deu o tom. Bate até na mãe, chuta criancinha, arruma briga na beira de campo, uma torção no pé vira traumatismo craniano e deixa a desinformação. Deixa o chorume escorrer. Só esse método medieval demonstra que ainda estão frágeis politicamente falando. Anunciam dois milhões de reais por uma deputada de outra cidade, por meio de um candidato envolvido com o crime organizado. Não aprendem. Poucos os fidalgos na esteira para ajudar.

Não é um vale tudo. É um vale qualquer coisa.

Quem perde é a cidade. É a política. É a possibilidade do debate produtivo.

Mas alguém realmente está querendo isso? Claro que não. “Bonito! Ha-ha-ha/Que bonito, ein/Que cena mais linda/Será que eu estou/Atrapalhando o casalzinho aí?/Que lixo!/Cê tá de brincadeira!/Então é aqui o seu futebol toda quarta-feira”.

É por aí. Não vai parar. Não vai melhorar.