Com redução do  reajuste de policiais para 13% Zema pode perder base na Assembleia Legislativa

 Por Reinaldo Barbosa

Romeu Zema, govenador de Minas Gerais, decidiu sancionar parcialmente o projeto de lei que trata da recomposição salarial para os servidores da segurança pública, porém, apenas foi sancionado o artigo que aumenta em 13% os vencimentos de policiais civil, militares e agentes socioeducativos. Todos os outros foram vetados, inclusive a emenda da Assembla que estendeu o reajuste a 13 categorias do funcionalismo. O próprio governador havia enviado em fevereiro ao Legislativo projeto que previa recomposição de 41,7% na remuneração da Segurança Pública até 2022, medida com impacto de R$ 9 bilhões.

• Diante desse recuo e sancionar parcialmente o projeto, Zema perdeu seu secretário de governo Bilac Pinto (DEM), que deixou o cargo ontem. Ele era o responsável pela negociação com os deputados. Com isso, o Governador terá seu terceiro titular diferente nessa pasta, em apenas um ano e dois meses de governo. O secretário geral do governo Igor Eto (Novo) é cotado para assumir o cago. Vice-governador, Paulo Brant anunciou também que vai se desfilar do Novo. O partido criticou o reajuste desde o primeiro momento.

Zema, primeiro governador a não ter maioria consolidada na Assembleia, pode perder sua base aliada, já menor que os dois blocos independentes que existem na Casa e sem os quais ele não aprova as propostas. Os partidos do bloco que dá suporte a gestão souberam da saída de Bilac e dos vetos pela imprensa e farão uma reunião para deliberar se vão deixar de caminhar junto com o governo.