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Publicado por Vigilante do Povo em 19/02/2020 às 0:13
Zema: o sorriso e a cara de que tudo parece bem e está bem. Só no mundo dele
Com o voto contrário e críticas de dois dos três deputados estaduais que compõem a bancada do Novo, o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) conseguiu aprovar em primeiro turno, nesta terça-feira (18), projeto de lei que reajusta em 41,7%, escalonado até dezembro de 2022, o salário de policiais militares e civis do Estado. Com o voto favorável de 60 deputados estaduais, somente o líder do governo na Assembléia Legislativa, Guilherme da Cunha (Novo), e seu colega de legenda, Bartô (Novo), registraram voto contrário a Zema. A terceira deputada do Novo, Laura Serrano, votou a favor do projeto. A Casa tem 77 membros.
Há cinco anos, desde a gestão do petista Fernando Pimentel, Minas Gerais convive com déficits no orçamento. Em 14 meses de governo, Zema não conseguiu equilibrar o rombo do estado. Este ano, com uma receita de R$ 103 bilhões e despesas de R$ 116 bilhões, a estimativa de déficit é de R$ 13 bilhões. Desde fevereiro de 2016, os salários dos cerca de 460 mil funcionários públicos do estado são pagos com atraso. Os funcionários com remuneração superior a R$ 2.500 não receberam ainda o 13º do ano passado. “O projeto é inadequado para a recuperação fiscal do Estado. É inadequado para o equilíbrio das contas de Minas Gerais”, afirmou nesta terça-feira (18), o deputado Guilherme da Cunha.
Valor do reajuste equivale à arrecadação com ICMS da gasolina O deputado estadual Bartô, por sua vez, disse que a “o momento que o Estado atravessa não é oportuno para uma recomposição salarial”. “O Estado não tem como arcar com mais essa despesa. Estamos com déficit de R$ 13 bilhões nas contas, e o impacto desse aumento [dos policiais] é superior a R$ 5 bilhões por ano, o mesmo valor que é arrecadado com o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) da gasolina”, afirmou Bartô.