Ituiutaba, sábado, 23 de novembro de 2024

Mortes por Covid-19 voltam a subir em Minas Gerais após 55 dias de queda e Ituiutaba é uma das cidades que estão entre esses números

Publicado por Vigilante do Povo em 16/06/2021 às 22:46

 

 

Por CRISTIANO MARTINS

Jornal O Tempo

16/06/21 – 22h16

 

Depois de quase dois meses alternando momentos de queda e estabilidade, a média móvel de mortes causadas pelo novo coronavírus voltou a subir em Minas Gerais.

De acordo com o Termômetro da Covid do portal O TEMPO, o indicador encontra-se atualmente na ordem dos 223 óbitos diários, 16,8% acima do patamar observado há duas semanas (veja o gráfico abaixo). Essa variação não ultrapassava a casa dos 15% há 55 dias, desde 21 de abril.

ENTENDA O GRÁFICO

Termômetro da Covid apresenta a evolução da média móvel de novos óbitos e casos confirmados nos últimos sete dias e tem como parâmetro de comparação os mesmos dados registrados há duas semanas.

Se a média dos últimos sete dias superar em mais de 15% o valor de duas semanas atrás, então a situação observada é de crescimento acelerado. No outro oposto, uma redução superior a 15% indica desaceleração. Se a variação for de até 15% para mais ou para menos, a média encontra-se em um nível de estabilidade.

O uso da média móvel justifica-se pela grande oscilação das notificações entre os diferentes dias da semana. Ela fica muito clara quando observada a variação em feriados, fins de semana, segundas e terças-feiras, devido ao represamento dos testes nos laboratórios ou a atrasos nos registros pelas prefeituras, por exemplo. Desta forma, a média móvel mostra tendências mais consistentes do que os dados diários.

Já a janela de duas semanas para comparação explica-se pelo tempo médio de ação do vírus e de demora seja no processamento de exames ou na divulgação dos resultados nos sistemas utilizados pelas prefeituras e pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG). Esta é a mesma metodologia utilizada, por exemplo, por The New York Times e G1.

Regiões de Saúde

Os dados são provenientes dos boletins epidemiológicos da SES-MG e referem-se aos municípios de residência dos pacientes. Isso explica eventuais números negativos, uma vez que os casos podem ser revisados e “transferidos” de cidade.

Os registros são detalhados por município e agrupados por microrregião e macrorregião, conforme a organização do SUS (Sistema Único de Saúde). Essa definição é importante, pois leva em conta a estrutura da rede assistencial.

Caso uma cidade tenha números baixos, isso não significa necessariamente uma situação confortável, pois a maioria dos municípios (91% em Minas Gerais) não possui leitos de alta complexidade e precisa transferir os pacientes mais graves para polos micro e macrorregionais.