Ituiutaba, sábado, 23 de novembro de 2024
Publicado por Vigilante do Povo em 29/01/2020 às 18:01
Por Geiza Ardila
Depois de 14 anos em queda, a hanseníase volta a crescer no Brasil desde 2018, segundo os números do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. O município sempre apresentou alto grau de incidência da doença e ainda é Ituiutaba ainda é considerada como uma região endêmica, chegando a ter ocupar o segundo lugar entre as cidades mineiras com o maior número de caos diagnosticados e em tratamento.
Em função desse aumento, que deixou em alerta as autoridades de saúde brasileiras, o mês de janeiro de 2020 foi intitulado do mês roxo e o ontem, 28, equipes da Secretaria Municipal da Saúde, realizaram evento no saguão da antiga sede da prefeitura, para promover a divulgação sobre contágio, tratamento e pré-diagnóstico da doença.
A ação foi chamada de “Mancha na pele pode ser coisa séria”. Apesar do pouco número de comparecimento, apenas 60 pessoas compareceram para receber maiores orientações, apenas cinco delas apresentou possibilidade de estar com a doença em desenvolvimento.
O período de incubação do vírus da doença, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção, dura em média de 2 a 7 anos. Assim que os sinais aparecem, progridem lentamente.
O Brasil ainda apresenta grandes desigualdades e muitos bolsões de pobreza em áreas periféricas. “Isso também se demonstra pela incidência desigual no país”. O maior número de casos ocorre nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, enquanto o Sudeste e o Sul ocupam os quarto e quinto lugares, respectivamente.
Características
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium leprae) que apresenta características peculiares, afirmou a médica. Uma delas é que todos os brasileiros, por morarem em um país endêmico, têm contato com ela ao longo da vida.
Também dentro desse pequeno percentual, a apresentação clínica vai variar conforme a resistência que a pessoa tenha à doença. As pessoas mais resistentes mostram formas mais brandas. Segundo a especialista, o bacilo da hanseníase apresenta grande afinidade com dois órgãos: a pele e os nervos periféricos. O sistema nervoso periférico se refere às partes que estão fora do sistema nervoso central, isto é, fora do cérebro e da medula espinhal.